A firma

Por que se cobrir vira circo e se fechar vira hospício

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Prêmios

O salário continua o mesmo, mas o demais ...

Desde que comecei a contar as minhas desventuras neste blog, muita coisa continua igual na minha carreira, mas outro bom número de aspectos acabou melhorando minha vida, por assim dizer, corporativa.
O tal projeto-suicida em que me meti, aquele que aniquilaria meu bônus anual, acabou em pizza: não atingimos o prazo estipulado, mas os chefes aceitaram a justificativa de influência de outro projeto estratégico e abonaram o atraso.
Noves fora, meu bônus pago integralmente. Ruim para meu idealismo, bom para o meu bolso.

Outra novidade interessante também está ligada à avaliação anual de desempenho: depois de perseguir a avaliação mais alta por quatro anos consecutivos, finalmente cheguei lá. Faço parte da elite da equipe e com isso ganhei 15% a mais de bônus.
Aqui vale uma importante ressalva: essa minha conquista está diretamente relacionada a um plano traçado com meu chefe na avaliação anterior. Lá, eu disse que hava trabalhado pelo nível mais alto e que, mesmo não conseguindo, seguiria nesse caminho e precisava da ajuda dele para e orientar.
Ele me ajudou e eu consegui.
O próximo objetivo já foi traçado e é me tornar um executivo, mas cada passo de uma vez.

Já falei aqui da promoção que tive no ano passado, cortesia da eficiente venda do meu trabalho que fiz para o gerente, o superintendente e o diretor.
Esse foi outro acontecimento positivo desde o início do blog e me parece ser o mais aparentado com o mais recente: devido a um histórico de "bons serviços prestados", fui indicado pelo meu chefe para concorrer a uma das três vagas da empresa para um curso, uma espécie de MBA, que começa na Espanha, termina na Argentina e tem o restante acontendo aqui mesmo em Sampa.

Só a indicação já seria motivo de orgulho e reconhecimento, mas eu não poderia perder a chance de mostrar para o meu chefe que ele estava certo e de levar a Minha Mineira para conhecer a Europa, por isso fui lá e arrebentei na prova de seleção.
Tudo bem que fazer uma prova que avaliava a minha primeira língua soa como covardia, mas cada um usa as armas que tem e eu não tenho culpa de sermos um dos únicos países a não utilizar a língua de Cervantes de forma usual.
Ganhei o primeiro lugar da seleção, ganhei a vaga para o curso e de quebra deixei meu chefe orgulhoso "até as tampas".
Tudo de bom.

Agora os demais desafios do ano: manter o nível de qualidade do trabalho e a motivação, aumentar o grau de influência nos meus colgeas, clientes internos e fornecedores e seguir as indicações do meu chefe e dos demais executivos para me tornar um deles.
Ou seja, moleza.

Vamo que vamo...

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sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Business Bingo

PARTE I - SITUAÇÃO: VOCÊ FICA DRIBLANDO O SONO EM REUNIÕES QUE SUA PRESENÇA NÃO SERVE PRA NADA, E NÃO VÊ A HORA DO COFFEE BREAK CHEGAR PARA VOCÊ AVANÇAR NAS MIGALHAS DE BISCOITOS E CAFÉ...

-Você dorme durante as reuniões de trabalho?
-Sente um tédio imenso durante as conferências, seminários e colóquios?
Aqui tem um método eficaz para combater esse problema: "BUSINESS BINGO" !!!

Como Jogar:
Imprima o quadro que segue antes de começar a reunião, seminário, conferência, etc.
Sempre que ouvir a palavra ou expressão contida numa das casas, marque a mesma com um (X).
Quando completar uma linha, coluna ou diagonal, grite "BINGO"!



Impressionado? Veja o testemunho de jogadores satisfeitos:
a. "A reunião já tinha começado há 5 minutos quando ganhei!";
b. "A minha capacidade para escutar aumentou muito desde comecei a jogar o Business Bingo";
c. "A atmosfera da última reunião de direção foi muito tensa porque 14 pessoas estavam à espera de preencher a 5ª casa";
d. "O diretor geral ficou surpreso ao ouvir oito pessoas gritando "BINGO", pela 3ª vez em uma hora";
e. "Agora, vou a todas as reuniões da minha organização, mesmo que não me convoquem!";
f. "Meu chefe achou que eu estava anotando os dados da reunião e ao final da mesma, me parabenizou!!!";
g. "Fiquei tão atento que não dormi em momento algum!".

PARTE II - SITUAÇÃO: COMO IMPRESSIONAR NAS REUNIÕES QUE REQUEREM SUA PARTICIPAÇÃO ATIVA, PORÉM NINGUÉM VAI PRESTAR MESMO MUITA ATENÇÃO NO QUE VOCÊ VAI FALAR...

-Naquelas reuniões onde seu chefe diz pra você: "Diga a todos sua opinião!";
-Nas situações em que você é pego de surpresa na reunião, pedindo seus comentários e você nem sabe do que estão falando.
-"COMO FALAR MUITO SEM DIZER NADA" ?

A tabela abaixo permite a composição de mil sentenças: basta combinar, em seqüência, uma frase da primeira coluna, com uma da segunda, da terceira e da quarta (seguindo a mesma linha, ou "pulando "de uma para outra).
O resultado sempre será uma sentença correta, mas sem nenhum conteúdo.
Experimente na próxima reunião e impressione o seu chefe!!!

Programa como falar em público: "TECHINICAL EMBROMATION" !!!



Impressionado? Veja o testemunho de usuários satisfeitos:
a. "Ao terminar de falar, fui aplaudido por todos de pé!";
b. "A minha capacidade de falar em público aumentou muito desde comecei a usar o método Techinical Embromation ";
c. "Meu chefe não prestou atenção mas disse que falei muito bem durante a reunião".

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quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Trabalho voluntário

Virou uma febre. Todo mundo quer, todo mundo é, todo mundo fica feliz em tentar ser.
O tema do voluntariado ganhou mais evidência do que as recentes aquisições e notícias de investimentos que a empresa divulgou, ao menos entre os não-executivos.
Todas as iniciativas promovidas aqui dentro têm fila de espera de participantes e precisam ser limitadas para não causar tumultos e gerar caos nos sistemas de transporte da cidade.
Tudo para poder ajudar quem precisa.



Não sei se isso é uma tendência. Nos meus empregos anteriores eu nunca vi esse tipo de orientação. Sempre os objetivos das empresas eram voltados para si mesmas.
Somente aqui n´A Firma é que a coisa é diferente.
Quer dizer, a coisa ficou diferente à partir do ano passado, ao menos em caráter corporativo.



O ponto alto de todo esse afã humanitário foi o dia em que centenas de pessoas foram reunidas para reformar, pintar e abastecer uma determinada entidade e, simultaneamente, entreter as crianças que moravam lá enquanto as instalações estavam indisponíveis.
Foi um tal de Vice-Presidente pintando janelas, Diretor servindo água para os trabalhadores, Superintendente ficando com aparência de urso polar ao lixar uma parede branca e Gerente carregando tijolos que até o mais reacionário dos analistas se sentiu no "mesmo nível" de todo mundo. Era a democracia da solidariedade e não sei quem saiu disso com mais benefícios, se a entidade e suas crianças com a "nova cara" do lugar ou se os meus colegas de trabalho e a sensação de doação e realização.
Noves fora, todo mundo feliz.
E que siga a prova de que o nem tudo são cifras e mercado.

Para saber mais sobre este tipo de ação, clique aqui.

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segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Comigo não!



Mais uma vez estamos à voltas com o resultado da pesquisa de satisfação dos funcionários aqui n´A Firma. E mais uma vez estamos caçando bruxas por conta dos maus resultados de algumas áreas.
É bom que se diga este tipo de pesquisa ganha cada vez mais importância à media que a Firma consolida sua posição nos diversos rankings nacionais e internacionais de melhores empresas para se trabalhar. E como isso faz os executivos felizes, virou uma meta a seguir e realizar, não importando patente, raça, cor, credo ou time do coração. Estamos todos juntos no esforço de fazer da Firma um lugar bom para se passar as oito, dez ou doze horas diárias que a maioria de nós passa por aqui.

Ou melhor, quase todos, já que como mencionei no início, alguns executivos de áreas mal avaliadas já começaram a buscar responsáveis pelos maus resultados. E para eles, esses responsáveis são exatamente os membros da sua equipe que o avaliaram mal, provavelmente "por trazerem para o trabalho suas frustrações pessoais ou sentimentais". Apenas completando o raciocínio, "são eles que sabem responder a pesquisa e não eu, o gestor, que estou fazendo algo de errado".

Na minha modesta opinião, começar pensando assim é rumo certo para o desastre.
Apesar de achar que os problemas de clima e satisfação de uma área são, salvo raras exceções, de responsabilidade tanto do gestor quanto dos funcionários. Ao invés disso, seria muito mais produtivo se ele, o gestor, começasse liberando a sua auto-crítica e tentando descobrir o que teria feito de errado ou, em uma abordagem politicamente mais correta, o que poderia fazer de melhor no próximo período.
Também acredito que, depois dessa reflexão e da elaboração de um plano próprio de ação, o gestor deve reunir sua equipe e buscar em conjunto soluções para cada um dos problemas apontados na pesquisa.
Nada de buscar culpados. A idéia é atacar as causas e definir soluções.

E para ilustrar melhor o conceito de responsabilidade compartilhada, acredito que cabe as funcionários saírem da confortável posição de atiradores de pedras, arregaçar as mangas e fazer parte da solução.
Também não é aceitável que eles sejam só apontadores de problemas e que deixem tudo por conta do gestor. Se eles apontaram o que está errado, o melhor a fazer é participar também da solução.

Foi exatamente isso o que a minha gerência fez neste último ano e, apesar de ainda termos um perfil mais de "reclamadores" do que de "solucionadores", conseguimos reverter um quadro preocupante e chegamos a 79% de satisfação geral da equipe.
Foi uma vitória de todos, mesmo daqueles que pouco contribuíram para sucesso.
É assim que tem que ser. Os problemas da área são problemas de todos e por isso todos tem que propor e tentar implementar soluções.
Se a empresa não permitir essas soluções, é outra coisa, mas temos a obrigação de tentar.
E tenho dito.

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sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Controle

QUALQUER CONTROLE É MELHOR QUE NENHUM CONTROLE

As empresas brasileiras, e as latino-americanas em geral, têm pouco treinamento em controles. As micro e pequenas empresas, sem dúvida, são campeãs do descontrole.

Evidentemente, há empresas que controlam demais. Algumas, especialmente aquelas que um dia pertenceram ao governo, têm um fetiche irracional por carimbos, cópias, documentos, contratos e declarações -- na maioria dos casos, absolutamente inúteis. Até hoje, formulários pedem número da identidade, ou do CPF do cliente, mesmo quando ele paga à vista. Temos uma cultura dos controles inúteis, por um lado, e baixíssimo nível de competência em como criarmos controles úteis, por outro.

E controle útil é aquele que cumpre uma finalidade útil para a empresa. Só isso. Se o objetivo de um controle é "um dia, quem sabe" usar uma informação, então é melhor não perder tempo controlando.

MAS CONTROLAR É ESSENCIAL

Ao atacar controles inúteis, não quero dizer que temos que parar de controlar. Pelo contrário; temos que controlar de verdade, o que tem que ser controlado, mesmo que isso seja muito difícil.

Há quatro anos, um restaurante temático country foi inaugurado na Grande São Paulo. Na primeira vez que o visitei, uma atendente, com roupa de vaqueira e uma prancheta na mão, recebia todos os clientes do lado de fora do "saloon" e perguntava: "posso cadastrar você?". Quando escutei a pergunta, já imaginei que ela tivesse a intenção de pegar meus dados de correspondência, nome completo, CEP, telefone... e aquelas abobrinhas que lojas de roupa adoram ter, embora nunca usem direito. Nada disso. Nem meu nome ela queria: "somente um e-mail para enviarmos a programação da semana", disse ela.

Aliviado, por não ter que perder tempo recitando meus dados, passei o e-mail e depois, por mais de um ano, recebia um e-mail do restaurante com as novidades, os espetáculos, os novos pratos e os eventos criados.

Por causa dos newsletteres recebidos (e pela qualidade da comida, claro), devo ter voltado mais de 30 vezes para comer lá. Isso é controle útil. Os donos pagaram alguém para cadastrar e enviar as programações por internet e nem meu nome tive que dar. Muitas vezes, nem havia como estacionar no local, com tanta gente visitando o lugar.

Um dia, não sei a razão, eles pararam de enviar as programações. Esqueceram de mim... e esqueci deles. Nunca mais voltei. Eles devem ter feito isso com todos os clientes, porque ano passado fecharam as portas.

Pararam de controlar o que era importante. Provavelmente começaram a fazer como várias empresas, criando controles inúteis.

Qualquer controle é melhor que nenhum controle. Tente controlar, mas sempre reveja as razões para os controles. Muitas vezes criamos controles que perdem totalmente os motivos para existir, mas continuamos controlando o desnecessário, deixando de lado o necessário.

Reveja os formulários que você usa, ou crie formulários para usar (se você não os tem). Apague qualquer coisa desnecessária, para incluir tudo o que é necessário ao seu negócio.

Controlar o essencial pode garantir o futuro de sua empresa, seu departamento e, em última análise, seu emprego. Não desista. Controle o que puder controlar, revendo semanalmente a utilidade de cada controle.

Qualquer controle é melhor que nenhum controle.

Aldo Novak, autor do texto, é coach & conferencista.

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