Comigo não!
Mais uma vez estamos à voltas com o resultado da pesquisa de satisfação dos funcionários aqui n´A Firma. E mais uma vez estamos caçando bruxas por conta dos maus resultados de algumas áreas.
É bom que se diga este tipo de pesquisa ganha cada vez mais importância à media que a Firma consolida sua posição nos diversos rankings nacionais e internacionais de melhores empresas para se trabalhar. E como isso faz os executivos felizes, virou uma meta a seguir e realizar, não importando patente, raça, cor, credo ou time do coração. Estamos todos juntos no esforço de fazer da Firma um lugar bom para se passar as oito, dez ou doze horas diárias que a maioria de nós passa por aqui.
Ou melhor, quase todos, já que como mencionei no início, alguns executivos de áreas mal avaliadas já começaram a buscar responsáveis pelos maus resultados. E para eles, esses responsáveis são exatamente os membros da sua equipe que o avaliaram mal, provavelmente "por trazerem para o trabalho suas frustrações pessoais ou sentimentais". Apenas completando o raciocínio, "são eles que sabem responder a pesquisa e não eu, o gestor, que estou fazendo algo de errado".
Na minha modesta opinião, começar pensando assim é rumo certo para o desastre.
Apesar de achar que os problemas de clima e satisfação de uma área são, salvo raras exceções, de responsabilidade tanto do gestor quanto dos funcionários. Ao invés disso, seria muito mais produtivo se ele, o gestor, começasse liberando a sua auto-crítica e tentando descobrir o que teria feito de errado ou, em uma abordagem politicamente mais correta, o que poderia fazer de melhor no próximo período.
Também acredito que, depois dessa reflexão e da elaboração de um plano próprio de ação, o gestor deve reunir sua equipe e buscar em conjunto soluções para cada um dos problemas apontados na pesquisa.
Nada de buscar culpados. A idéia é atacar as causas e definir soluções.
E para ilustrar melhor o conceito de responsabilidade compartilhada, acredito que cabe as funcionários saírem da confortável posição de atiradores de pedras, arregaçar as mangas e fazer parte da solução.
Também não é aceitável que eles sejam só apontadores de problemas e que deixem tudo por conta do gestor. Se eles apontaram o que está errado, o melhor a fazer é participar também da solução.
Foi exatamente isso o que a minha gerência fez neste último ano e, apesar de ainda termos um perfil mais de "reclamadores" do que de "solucionadores", conseguimos reverter um quadro preocupante e chegamos a 79% de satisfação geral da equipe.
Foi uma vitória de todos, mesmo daqueles que pouco contribuíram para sucesso.
É assim que tem que ser. Os problemas da área são problemas de todos e por isso todos tem que propor e tentar implementar soluções.
Se a empresa não permitir essas soluções, é outra coisa, mas temos a obrigação de tentar.
E tenho dito.
Marcadores: Resultados, Satisfação
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