A firma

Por que se cobrir vira circo e se fechar vira hospício

quarta-feira, maio 30, 2007

Divisão do salário

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sexta-feira, maio 25, 2007

A Rádio Peão

Por que será que sempre sabemos das mudanças organizacionais antes que elas sejam oficializadas pelos nossos gestores?
De onde terá vindo aquela informação sobre a demissão do vice-presidente, que a princípio parecia absurda, mas que depois se revelou absolutamente verdadeira?
Por que sempre parece existir uma rede de espionagem que tudo vê e tudo sabe?




A resposta para as três perguntas, a princípio retóricas, remete a um único e amorfo ente, presente em toda e qualquer empresa, principalmente naquelas onde existe o tão falado e cantado chão de fábrica: a rádio peão.
E não adianta fingir que nunca ouviu falar nisso ou que na sua empresa o processo de comunicação é bom e não há espaço para meios paralelos. Bastou que existam pessoas e algo a informar para que a rádio peão se instale e, em muitos casos, reine.
Mesmo que a empresa seja top of mind em matéria de segredos e fluxo da comunicação e a rádio peão não tenha nenhum assunto corporativo para comentar, ou seja, uma completa utopia, circularão pelos corredores conversas sobre quem comeu a nova estagiária do faturamento, quem vai ganhar o campeonato interno de bocha ou quando acontecerá o próximo churrasco de confraternização da gerência.
Qualquer tema permite a existência da rádio peão, qualquer um.



Pela experiência adquirida ao longo de alguns anos de vida corporativa (não tantos, já que ainda sou pouco mais do que um menino), a rádio peão é como o Nélson Rubens: pode até aumentar a urgência, importância e impacto de alguma coisa, mas normalmente não inventa nada.
É por isso que ela se transformou em uma instituição que não pode morrer, assim como o atestado médico falso, o trancamento da sala para um chamego na secretária e a soneca no banheiro.
Sem todas essas coisas maravilhosas, a vida corporativa teria tanta graça quanto ir ao futebol e não xingar a mãe do juiz, não é mesmo?

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segunda-feira, maio 14, 2007

Competição desleal

Com esse tipo de generalização e eficiência, não há Seis Sigma que resista.
Se cuida GE!

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quarta-feira, maio 09, 2007

Fiona e a ambição

Sei que já toquei neste assunto antes e já mencionei minhas dúvidas sobre a real vantagem de viver mudando as estruturas e os métodos de trabalho de uma empresa, mas não resisto a falar sobre isso novamente, principalmente agora que posso mudar de chefe novamente.
Se a coisa se confirmar e uma pessoa nova assumir o cargo, será o oitavo chefe novo que tenho em quase sete anos de empresa, o que se não é nenhum recorde, também não ajuda muito a consolidar relacionamentos e projetos de carreira.

A novidade da vez é a tentativa da minha atual gerente de conseguir uma promoção em uma área completamente diferente da nossa.
Pessoalmente, acho que ela vai se arrepender e vai pagar um preço muito alto pela sua ambição à toda prova, mas outra parte de mim espera que ela consiga todo o sucesso que deseja e que fique bem longe de qualquer lugar onde eu esteja trabalhando. Essa mesma parte enxerga nela uma consultora extremamente competente, de personalidade forte (beirando o insuportável) e de foco extremo em atividades que acarretem evidência, mas infelizmente não entendo que essas deveriam ser exatamente as prioridades daquele que eu entendo seja o executivo ideal.
Aliás, eu acho que um executivo deveria deixar de pensar em atividades e passar a pensar em carreiras e resultados, mas admito que isso é mais difícil de falar do que de fazer.

Bom, voltando um pouco ao início desta história, devo mencionar que estou como essa gerente há pouco tempo. Antes eu mantinha um fantástico relacionamento com outro gerente, que se mostrava extremamente preocupado em crescer como executivo ao mesmo tempo em que fomentava o crescimento conjunto de toda a equipe.
Ele também estava muito aberto à recepção de feedbacks e, mais importante ainda, considerava esses feedbacks como forma de crescimento próprio e não só como válvula de escape para as tensões da equipe.
Mas como tudo que é bom irrita as Consultorias que não têm como vender serviços, lá veio uma nova reestruturação da vice-presidência e lá fui eu para os braços de Fiona, o apelido carinhoso da minha atual gerente. Quem a conhece sabe bem os motivos.



Acredito que parte da culpa dessa mudança seja minha.
Acontece que fui destacado para tratar de um projeto-bomba e, apesar dos pesares, atrasos e maldições proferidas pelos clientes internos, acabei fazendo um bom trabalho o que fez com que a Fiona quisesse me manter por perto, provavelmente para outro campo minado em forma de projeto.

Segundo esse meu ex-gerente, a Fiona é competitiva e ambiciosa demais e mesmo recebendo vários toques do antigo Superintendente, jamais recuou um centímetro na sua busca pela promoção.
Acho isso até certo ponto louvável, mas é preciso um pouco de cuidado quando as sinalizações que recebemos apontam para uma direção diferente daquela que queremos seguir. No mínimo, acho prudente para e pensar no caso.

É por essas e outras que eu e outros colegas estamos fingindo que não sabemos de nada (o processo seletivo deveria ser sigiloso, mas a Rádio Peão tudo sabe a tudo vê) e torcemos pelo sucesso da empreitada da nossa querida Fiona.
Se tudo der certo, teremos uma vaga na posição de executivo responsável e se nenhum de nós estiver apto para o cargo, pelo menos ganharemos o benefício da dúvida no que refere ao suporte das nossas carreiras.
E para quem havia voltado a se preocupar apenas com o trabalho bem feito, isso já é mais do que suficiente para voltar a se animar.

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