A firma

Por que se cobrir vira circo e se fechar vira hospício

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Estrela

A fauna corporativa está cheia de espécimes curiosos, alguns raros e à beira da extinção, outros comuns como minhocas em fornecedores do McDonald´s.
Um dos mais interessantes é a Estrela, aquele ser que precisa brilhar o tempo todo sob risco de entrar em supernova e morrer antes de espalhar a sua luza para todo o universo.

A tal estrela costuma chegar atrasada a reuniões, cumprimenta os presentes em voz alte e, obviamente, interrompe todo e qualquer assunto que estivesse sendo discutido nas três horas anteriores.
Entrar calada, se sentar discretamente e só abrir a boca para fazer um comentário pertinente após ter escutado bastante e se situado no contexto são coisas tão difíceis quanto dar um exemplo sem usar o pronome "eu" na frase.
Isso sempre me faz pensar que a criatura está no lugar errado e deveria ser muito mais útil se doasse o seu cérebro privileagiado para ser estudado pela ciência.
Ô mala!

Outra atitude típica da Estrela é o comentário "água": inodoro, insípido e incolor.
Ela sempre pede a palavra e fala por dez minutos, obviamente sem chegar a lugar nenhum e sem permitir apartes ou contribuições.
Só ela fala e a reunião empaca!

O único antídoto para a Estrela é a humilhação pública que, apesar de não ser muito ético, salva a paciência e os colhões de todos os presentes.
Nem a Estrela resiste ao buraco negro da chacota e à chuva de asteróides da indiferença.
Basta ser bastante enfático ao afirmar que ela é louca e pronto: uma mala a menos na reunião.
Fica a dica.

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