Mais hábitos
Voltando aos relatos de coisas que me causam desgosto aqui na empresa, chega a hora de falar da famigerada "carteirada", aquele hábito nocivo de só fazer as coisas sob o poder da patente.
Acho que tenho especial aversão por essa prática por ser contra o aspecto acefálico da disciplina militar. Não quero dizer aqui que todo militar é burro, mas sim que não gosto da idéia de obedecer por obedecer e da punição em caso de questionamento.
Sei que em algumas situações isso separa a vida da morte, mas graças a Deus o mundo corporativo não possui esse tipo de situação, ao menos não no sentido literal.
A tal "carteirada" acontece muito aqui n´A Firma, mas surpreendentemente tem perdido a força no meu setor. Deve ter algo a ver com a grande sintonia que existe entre a equipe e os executivos, minando muita da força e da surpresa que o telefonema para o nosso Diretor possa ter.
E todo mundo sabe que a boa "carteirada" precisa de um pouco de desinformação para ser eficiente.
O último exemplo que tive dessa prática foi durante um pedido de ajuda a um executivo de outra área. E o pior é que a ligação partiu de uma executiva da minha área e não de um peão qualquer.
O "dono" da outra área negou ajuda imediata, mas disse que se o Superintendente de uma determinada área ligasse para ele e definisse algumas prioridades, a ajuda até que poderia sair.
Fiquei sem entender que diferença faria ele nos ajudar sem a ligação do Sup, mas logo desisti e chorei pela dependência da patente.
Para finalizar este post, quero mencionar rapidamente uma coisa que me deixa fulo da vida, mas que é impossível de matar por aqui: as reuniões de "catado".
Para quem nunca ouviu o termo, trata-se de uma reunião sem agendamento e sem planejamento, que é feita por alguém que sai "catando" as pessoas de um determinado setor.
Independente da importância da mensagem a ser passada ou do assunto a ser discutido, quem não estiver naquels instante dentro do setor, acaba perdendo a informação e pode ficar gravemente defasado em assunto de diversas importâncias.
Detesto especialmente essa prática pelos conceitos de desrespeito à agenda alheia e perenização da exceção que a entranham.
Fazer um "catado" emergencial é uma coisa, mas fazer disso um estilo gerencial é outra bem diferente.
Vade retro, catadores!
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